sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


Juntamos nossas tralhas, todas, fizemos uma “tereza” e descemos a muralha, seis ou sete meses passaram-se... Todas as experiências de temor e destemor vivemos. E depois de muito, muito, muito tempo subimos a muralha, machucados, evoluídos, com novos pensamentos, novas perspectivas, novas bandagens no corpo. Agora sabemos que somos um corpo só com o mesmo querer, apesar de sermos dois seres completamente distintos querendo cada um uma parte do mundo que nos é de direito. A descida da muralha nos fez ver que unidos seremos mais forte que qualquer coisa que se sobreponha em nossos caminhos. E que venha o mundo com toda a sua carga, agora somos um exercito de dois dispostos ao embate total.

domingo, 18 de outubro de 2009

Mordaças.
Mãos entrelaçadas.
Pernas dobradas.
Impossibilidades de movimentação.
Sonhos retidos,
impressos na retina.
Ninguem sabe como é.
Ninguem sabe.
Eu passo horas só de solidão.
Ninguem morde mais forte
na sua raiva.

sábado, 1 de agosto de 2009

Light paiting




Light paiting, pintura feita com luz - recursos usados: uma lanterna de led e uma camera fotografica cada foto teve exposição de 15 segundos.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tudo se reduz a este principio: o corpo é seu,
joga com ele! Vejo que as pessoas têm uma necessidade desesperada desses ritos;
eis por que renascem o pircing e a tatuagem. De um modo ou de outro, as pessoas precisam de uma cultura tribal.

(Fakir Musafar)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Street VJ


Pixação urbana feita com projeção de dentro de um carro. Imagens manipuladas em tempo real.

As paredes da cinzenta cidade clamam por cores. Entra em ação o grafiteiro terrorista que, com seus tags de luz e seus tiros de cores, ressignifica a cidade pútrida. Em 4 de Julho (Independence Day) com sua arma projetora, o grafiteiro faz uma homenagem aos governantes que fazem uso da guerra para alcançarem sua independência própria.

Coletivo CRASH ART

domingo, 12 de julho de 2009

Resistência

Está na hora de voltarmos nossa atenção para a resistência eletrônica.
Por quaisquer meios que a autoridade eletrônica seja perturbada, o importante é quebrar totalmente o comando e o controle.
(Distúrbio Eletrônico)
Eu tenho essa velha e doida idéia que me aparece às vezes.
(...)
Quando você acordar, o mundo poderá ter mudado.
Mas confie em mim, eu nunca hesitarei ou falharei.
Quem se importa para aonde iremos nesta velha estrada de
trilhos
Num mundo que pode dizer que estamos errados?

Resquicios da noite anterior

sábado, 11 de julho de 2009

A CONDIÇÃO VIRTUAL (distúrbio eletrônico)

"AS REGRAS DA RESISTÊNCIA cultural e politica mudaram radicalmente. A evolução tecnológica causada pelo rápido desenvolvimento do computador e do vídeo criou uma nova geografia das relações de poder. Uma nova ordem que há cerca de trinta anos só poderia existir na imaginação: as pessoas estão reduzidas a dados, a vigilância ocorre em escala global, as mentes estão dissolvidas na realidade da tela do monitor. Surge um poder autoritário que floresce na ausência. A nova geografia é uma geografia virtual, e o núcleo da resistência politica e cultural deve se firmar neste espaço eletrônico."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

É galera, hoje foi o dia do CENA 11
Um estado de espirito que tomou conta da gente
vontades de quebrar padrões
romper paredes
atirar pedras na lua
remar contra a mare
Enfim quebrar todas as convenções
limitantes do espirito livre e pensante
(que insistimos em pertencer)
Ate logo mais

CENA 11 - SKR

E se o desejo devesse cessar com deus.
Ah, que inveja eu teria do inferno.
Somos clones dos nossos clones?
Nosso dia hoje começou assim,
com quem não quer nada
querendo tudo

CENA 11 - VIOLÊNCIA

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O olho de Horus
Observa todo o infinito da existência.
Assim começamos mais uma tarde.
De frente para o mar.
O infinito.
Longe, muito longe,
Sweet dreams...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Muralha

120 dias... entre o mar sereno e a muralha implacável. Subimos na moto e fizemos o caminho de volta. No começo da noite entramos na cidade. Fumaça. Buzinaços. Tudo à nossa volta era caótico. Confusão típica de uma meta-cidade. Tudo o que desejávamos estava a nossa volta. Cansados da longa escalada paramos no primeiro bar, comemoramos o retorno. Nos próximos dias muita coisa para fazer, recolher catalogar, contactar, fotografar. Embriagados de prazer vimos os dias passarem como água em noites de temporal. O tempo era curto, o prazer imenso. A cidade nos pegou de jeito e abarrotou nossas mentes de novas idéias e perspectivas mil. Agora estamos de volta. Descemos a muralha e uma nova fase se inicia, um micro pedaço de meta-cidade vai se instalar abaixo da muralha. Hora de arregaçar as mangas e pegar no pesado, mas como dizia o Freire (Roberto): "Sem tesão não há solução", e isso é o que não nos falta. Viva o prazer.



sábado, 27 de junho de 2009

O poder da imagem nas paredes cinzas da grande cidade.Tentativas de colorir o institucionalmente descolirido.Não parar nunca.As paredes estão cinzas, nossas mentes em profusão de cores, em erupção. Aliviar. Despejar. Grafitar.

sábado, 13 de junho de 2009

O Som do Silêncio

Em sonhos agitados eu caminho só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a auréola de uma lamparina de rua
Virei meu colarinho para proteger
Do frio e umidade
Quando meus olhos foram apunhalados
Pelo lampejo de uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem falar
Pessoas ouvindo sem escutar
Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
Ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio

Mas minhas palavras
Como silenciosas gotas de chuva caíram
E ecoaram no poço do silêncio

E estão escritas nas paredes do metrô
E corredores de habitações
E sussurraram no som do silêncio"

(Simon & Gafunkel)

domingo, 7 de junho de 2009

crucificad@s



"el destino está cambiado, nadie se va parar.
recuerdaras mi voz"
(orishas)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

“Com amor no coração preparamos a invasão, cheios de felicidade entramos na cidade amada...”

Penso que esta é a melhor forma de começarmos a falar sobre Caraguatatuba.
Mudamos a pouquíssimos dias para esta cidade situada entre a serra (aquela muralha que os conquistadores portugueses avistaram ao longe) e o mar. O fim de semana cultural que presenciamos não deixou nada a desejar, os caminhos serão longos, mas a trilha já esta pavimentada para os novos rumos culturais que estão brotando na cidade.

Virada Cultural paulista - Caragua


A segunda Virada Cultural que aconteceu neste ultimo fim de semana abriu e fechou com chave de ouro todo este processo de transformação que esta acontecendo.
Funk Como Le Gusta em um ótimo show deu a partida e Monica Salmaso seguida de Moveis Coloniais de Acaju, com uma coroa de louros, nos transformou em maratonistas vitoriosos... Todo o trajeto da maratona cultural nos manteve na cruel duvida da escolha. Para onde ir se algumas das atrações coincidiam em horários? Cinemas, Aspirinas e Urubus (cinema) ou Oco – Cia. Minik Mombó (dança)? Tarancon (musica) ou O Homem que copiava (cinema)? As Noivas de Nelson (teatro) ou Bodas de papel (cinema)? Monobloco (musica) ou O Céu de Suely (cinema)? Brincadeira de Criança (cinema) ou Moveis Coloniais de Acaju (musica)? ...
Como a explosão de uma super nova no espaço sideral Caragua brilhou na noite paulista.

Tributo a Cazuza

Um pássaro com belas plumagens nos cantou aos ouvidos que em uma pequena praia da cidade haveria um tributo ao poeta da geração dos anos de 1980, juntamos as tralhas (canetas, papeis e equipamentos fotográficos) subimos na moto e seguimos o canto do pássaro. Em uma pequena rua sem saída deparamos com um muro alto e uma pequena porta. Adentramos e para nossa surpresa era uma pizzaria com uma adega de vinho para connaisseur nenhum torcer seu apurado nariz. Apesar de sermos ilustres desconhecidos de uma mídia independente mais desconhecida ainda, o proprietário nos recebeu de braços abertos e nos indicou o melhor lugar para registrar o evento que logo mais aconteceria. Acomodados de frente para um pequeno palco intimista esperamos e a espera foi amplamente gratificada com a presença de vários músicos da região e de ótima qualidade. Então chegou o tão esperado momento: Tributo a Cazuza.
Beto Hauschild (voz), Misha (violão), Felipe Costa (percussão) nos 50 minutos seguintes nos presentearam com um personalismo sem igual às iguarias que o poeta escreveu e cantou nos ido ´80.
“Brasil mostra tua cara...”