segunda-feira, 18 de maio de 2009

“Com amor no coração preparamos a invasão, cheios de felicidade entramos na cidade amada...”

Penso que esta é a melhor forma de começarmos a falar sobre Caraguatatuba.
Mudamos a pouquíssimos dias para esta cidade situada entre a serra (aquela muralha que os conquistadores portugueses avistaram ao longe) e o mar. O fim de semana cultural que presenciamos não deixou nada a desejar, os caminhos serão longos, mas a trilha já esta pavimentada para os novos rumos culturais que estão brotando na cidade.

Virada Cultural paulista - Caragua


A segunda Virada Cultural que aconteceu neste ultimo fim de semana abriu e fechou com chave de ouro todo este processo de transformação que esta acontecendo.
Funk Como Le Gusta em um ótimo show deu a partida e Monica Salmaso seguida de Moveis Coloniais de Acaju, com uma coroa de louros, nos transformou em maratonistas vitoriosos... Todo o trajeto da maratona cultural nos manteve na cruel duvida da escolha. Para onde ir se algumas das atrações coincidiam em horários? Cinemas, Aspirinas e Urubus (cinema) ou Oco – Cia. Minik Mombó (dança)? Tarancon (musica) ou O Homem que copiava (cinema)? As Noivas de Nelson (teatro) ou Bodas de papel (cinema)? Monobloco (musica) ou O Céu de Suely (cinema)? Brincadeira de Criança (cinema) ou Moveis Coloniais de Acaju (musica)? ...
Como a explosão de uma super nova no espaço sideral Caragua brilhou na noite paulista.

Tributo a Cazuza

Um pássaro com belas plumagens nos cantou aos ouvidos que em uma pequena praia da cidade haveria um tributo ao poeta da geração dos anos de 1980, juntamos as tralhas (canetas, papeis e equipamentos fotográficos) subimos na moto e seguimos o canto do pássaro. Em uma pequena rua sem saída deparamos com um muro alto e uma pequena porta. Adentramos e para nossa surpresa era uma pizzaria com uma adega de vinho para connaisseur nenhum torcer seu apurado nariz. Apesar de sermos ilustres desconhecidos de uma mídia independente mais desconhecida ainda, o proprietário nos recebeu de braços abertos e nos indicou o melhor lugar para registrar o evento que logo mais aconteceria. Acomodados de frente para um pequeno palco intimista esperamos e a espera foi amplamente gratificada com a presença de vários músicos da região e de ótima qualidade. Então chegou o tão esperado momento: Tributo a Cazuza.
Beto Hauschild (voz), Misha (violão), Felipe Costa (percussão) nos 50 minutos seguintes nos presentearam com um personalismo sem igual às iguarias que o poeta escreveu e cantou nos ido ´80.
“Brasil mostra tua cara...”